O nervo trigêmeo é o quinto par craniano, responsável pela sensibilidade e pelos movimentos da face. Ele se divide nos ramos V1 oftálmico, V2 maxilar e V3 mandibular.
A dor neuropática proveniente deste nervo acomete principalmente mulheres entre os 50 e 70 anos de idade, e na maioria da vezes, infelizmente é de causa idiopática (desconhecida), mas também pode ser devido a compressão vascular, tumor intracraniano ou herpes zoster.
Sintomas
Geralmente acomete somente um lado da face, com quadro de dor de início súbito, tipo choque ou queimação, de intensidade lancinante, com duração de pouquíssimos segundos.
As crises de dor podem ser desencadeadas por mínimos estimulos no território de inervação de um de seus três ramos faciais, como ao pentear o cabelo, passar a mão nas bochechas, falar, mastigar ou escovar os dentes.
O ramo mais acometido é o ramo de V2 maxilar, seguido pelo ramo de V3 mandibular, e enfim pelo ramo de V1 oftálmico.
Diagnóstico
Clínico através da história clínica e exame físico.
Deve ser solicitada ressonância de crânio para afastar causas compressivas como compressão do nervo por algum vaso sanguíneo ou presença de tumores intracranianos.
Tratamento
-Uso de medicamentos para tratamento de dores neuropáticas como alguns anticonvulsivantes e antidepressivos específicos.
-Infiltração de botox na musculatura da face.
-Enfim, se as técnicas anteriores não forem suficientes para o alívio da dor, indica-se técnica intervencionista minimamente invasiva: radiofrequência pulsada do gânglio de Gasser (cabeça do neurônio do nervo trigêmeo).
-No caso da causa da neuralgia ser compressiva, e a radiofrequencia pulsada nao oferecer durabilidade e alívio satisfatório, podemos indicar descompressão por balão ou através de cirurgia descompressiva aberta.
*Texto originalmente escrito por Dra Karen Maro.